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1.6.06

Hoje de manhã eu estava vindo calmamente, ouvindo música pela rua.
Mas antes eu preciso fazer um retrospecto de uma coisa que acontece no caminho todos os dias, antes de voltar para hoje: eu não sei porque raios uma loja contrata alguém para ficar na rua gritando as “ofertas”. E aqui nesta rua tem. E muitos. Mas como isso ainda não é o bastante, eles mexem com as pessoas que passam na calçada. E se tem uma coisa que me desperta sentimentos nada nobres, é mexer comigo na rua. E esses vermes todo dia me chamam de “bom dia, amiguinha”, “oi amiga” ou coisa pior. E EU ODEIO MUITO ISSO. Ou seja, qualquer pessoa com um mínimo de bom senso odiaria... Não é só porque eu vejo esses inúteis em frente a loja todo dia que eu tenha que dar a liberdade de ele falar comigo ou se achar meu amigo.

Feito este retrospecto, hoje estava eu andando a caminho do meu trabalho. E tem um que fica com um microfone da Madonna que particularmente tem todo o meu ódio.
Eu nunca respondi, eu nunca olhei para a cara dele, eu nunca entrei na loja, e eu sempre esqueço de mudar de calçada...
Aí hoje ele além de gritar estava distribuindo panfletos. Na hora em que eu passei, ele não me abanda o papel na minha cara?!?!?!
Eu senti meu rosto queimar e minha cabeça parou. Eu virei e empurrei ele. Não contente, eu fechei a minha mão e dei um soco nele com toda a força que consegui reunir. As pessoas na rua riram, gritaram e vieram ‘apartar’. Eu ainda consegui dar um chute e olhei na cara dele, saía sangue do nariz! Vibrei por dentro. Eu queria ver mais sangue, mas veio uma moça me segurou. Me soltei, xinguei e saí. Nem olhei pra trás. Cheguei aqui sem enxergar nada, minha mão doía e tava toda inchada. E como eu tremia. Consegui contar para as meninas e elas não sabiam se riam ou se me levavam para um hospital para ver minha mão. Acho que eu nunca falei tantos palavrões em um só dia.
Mas me senti com a alma lavada. Amanhã eu vou fazer questão de passar por aquela calçada.

Muito infelizmente, este fato ocorreu somente em meu pensamento. Porque da parte destes otários (mais ‘infelizmente’ ainda) é verdade, eles existem e eu tenho que vê-los todo dia antes de chegar aqui. E realmente ele abanou o papel na minha cara, mas o que eu consegui fazer foi só ignorar, como se ele não existisse... mas na minha cabeça tudo aconteceu tão claramente que parece que aconteceu mesmo! Eu vi a cena direitinho. Por isso as pessoas deviam tomar mais cuidado antes de mexer com o desconhecido porque por mais inofensivo que seja, todos temos um certo instinto assassino e ele pode ser despertado a qualquer momento. Agora que a cena que eu ‘vi’ me agradou muito, temo que aconteça de verdade. Mas quer saber? Não temo não, tomara que aconteça mesmo.

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