Sábado à noite.

Pessoas se programando para a balada, escolhendo a roupa para sair, combinando com quem e onde ir...

Eu estou aqui, sozinha e não vou sair pra lugar nenhum. E não estou mal com isso.

Estou mal sim, mas não com isso.

O fato é que eu não tenho essa necessidade. Não me vejo na obrigação de sair só porque é sábado à noite, não tenho toda essa animação, a empolgação de antes.

Mesmo namorando, quando a gente saía eu não via a hora de voltar para o conforto do lar.

Na maioria das vezes eu queria mesmo era nem sair, ficar em casa vendo filme, quietinha.

Coisa de véia.

Claro que enfiar o pé na jaca de vez em quando é legal e devemos fazer isto de vez em quando, mas para mim de vez em quando é o suficiente.

Quando eu fui pra praia agora no carnaval, estávamos em seis e eu era a mais velha. Coincidentemente, eu tinha que fazer um esforço enorme para acompanha-las e no último dia recorri para o energético com vodca. Deu certo. Muito certo, aliás, voltamos para casa seis e meia da manhã.

Mas calma, a última a chegar entrou em casa às nove...mas aí é um nível muito avançado pra mim. Mas elas tem seus 18, 20 anos tem mais é que se jogar.

Porque depois essa fase dá uma enjoada. Não sei, eu enjoei. Talvez porque eu comecei a namorar, e agora eu descobri que eu não sei mais ser solteira. Não tenho a menor vocação.

Apesar de não ser questão de vocação, mesmo porque não é uma opção, mas uma circunstância. Não sei por quanto tempo, não sei como, não sei quem....

Minha filosofia de vida agora é "não sei".

Mas para quem tem a pegada de sair, bom sábado a noite.