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25.3.09

E a música?

(Estou ficando intrigada. Agora quero saber porque tanta vontade de falar de mim....)

Embora eu tenha narrado alguns aspectos comportamentais de "uma pessoa" no post anterior, me esqueci de um importantíssimo. Por isso devo incluir um adendo, aliás, um novo post que pode ser um complemento ao anterior, já que este eu quero falar em primeira pessoa mesmo.

Sou sensível à música. Como toda adolescente tive vários momentos de gosto musical duvidoso (ruim mesmo!) mas depois que "cresci" e resolvi (pelo menos deveria) virar adulta, consegui chegar num patamar mais elevado que antes. Apesar de não acreditar que o gosto musical faz da pessoa um deus, como já vi muita gente se gabar, me orgulho do meu quando emparelho com um carro no farol tocando o "Funk da sainha" super alto, imagino como uma pessoa tem prazer em estar sentado no banco do carro só ouvindo uma música daquelas, quando pra mim só estando numa festa lotada muito bêbada para curtir alguma coisa do tipo. Enfim. O assunto aqui é o que eu gosto. Os outros ouvem o que quiserem, desde que não me obrigue a ouvir também.

Basicamente, o estilo musical que me desperta maior interesse é o rock. É claro que fica muito abrangente, já que tem vários "tipos" de rock. O que eu sei é que não gosto do melódico e do progressivo e isto já está muito bom para dividir. Porque do restante, de tudo um pouco.

Começei a ouvir rock um pouco tarde, aos 16 anos e mesmo assim era mesclado com as outras podreras da época de adolescente. Mas o instinto de ser diferente dos outros foi mais forte e em pouco tempo o rock foi ficando cada vez mais predominante e com uma velocidade incrível. No meio onde cresci, gostar disso era ser diferente. Sei a formação e um pequeno resumo da biografia de várias bandas e procuro ficar antenada nas notícias e nos próximos shows. Apesar de que já fui mais "assídua" nesta parte.

Desde toda essa descoberta, tenho sensações digamos, estranhas, para quem só está ouvindo uma música. Coisas do tipo arrepios com certas músicas - aquele arrepio bom de "que música do caralhooooooooo!!!", ou dá vontade de chorar em outras sem motivo algum só porque a música é muito boa mesmo. Enfim, sensibilidade. Ninguém entende o que é a paz de espírito que sinto ao ouvir Muse. E eu nem saberia explicar.

É muito difícil citar bandas hoje em dia. Tenho as minhas preferidas que podem tocar triângulo o cd inteiro que eu vou gostar. E tem outras que gosto de determinadas músicas e pronto.

Porém, tudo depende do momento. Posso amar uma música porque foi tema de um momento ótimo como posso passar a odiá-la caso também consiga lembrar de outro ruim. Por exemplo: Incubus foi/é a banda que ficou no topo da lista por mais tempo. Gostei do álgum Light Grenades de cara, como todos os outros, mas após alguns acontecimentos - inclusive o show, imagine - cada música que ouço desse álbum traz lembranças amargas e fica um misto de achar aquilo sensacional mas ao mesmo tempo ter que lembrar do que não gostaria. Confuso, não? Está um intenso gostar-não-gostando. Como se a banda tivesse culpa de alguma coisa que aconteceu!

Em compensação, o Make Yourself me lembra a época do Rock Mix, que eu me diverti muito, conheci muita gente legal que gostava das mesmas coisas que eu e por fim conheci o Drick. Bate uma nostalgia boa ouvir. Principalmente Nowhere Fast.
Por aí.
Acho triste quem não tem nenhuma história com algum álbum específico, com alguma banda em especial, todo mundo deveria ter.

Infelizmente nem todo mundo conhece as coisas que eu gosto, tipo Incubus. Para quem gosta como eu é absurdo isso, mas eu vivo rodeada de pessoas que não ouvem o mesmo que eu e que não conhecem o que eu ouço. Para ser sincera que eu me lembro agora só o Drick e o pessoal da turma dele. E nem é tão o mesmo que eu, só algumas coisas.

Viajar com a família ou me divertir com meus amigos aqui do serviço significa ter que ouvir o que eles ouvem, pois sou minoria. Esta é a parte chata do tal do gosto musical atual. Mas não vou mudar mais, fazer o que. Já fui bem mais intolerante com isto, a ponto de me isolar para "não me misturar", hoje em dia consigo passar um final de semana ouvindo música sertaneja ou sair para uma balada que esteja tocando aqueles black de FM. Bem, não uma vez seguida da outra, mas consigo já que não é por opção, é só ignorar. Mas aí veio a parte legal: fuçando descobri que todo mundo tem um lado brega, eu inclusive. Pronto! Um ponto em comum que faz todo mundo gostar de ouvir Fábio Junior numa reuniãozinha de família e amigos. Depois de bêbado então... aí que está: esta questão de música não pode te impedir de se divertir. Eu não tenho vontade de ir num trio elétrico e dançar aqueles axés...aquilo não me faz querer dançar. Mas não vou dizer que se por ventura eu estiver no meio disto, vou deixar de me divertir. Vou parecer bem peixe fora d'água mas foda-se. Claro que um show de rock com uma banda muito boa tocando músicas que eu gosto me dá muito mais prazer, mas tenho que viver o momento.

Sem dizer o pop que já tive meus momentos de odiar no começo, mas hoje não tenho motivos para não gostar de algumas coisas e assumir sem medo, mesmo quando todo mundo ri de mim quando falo que gosto de Abba e Britney Spears. E claro, Madonna que é a rainha.

Enfim, música faz parte de mim, é a minha água, sem ela não dá pra viver. É a arte que mais gosto, que mais me toca os sentidos. E apesar dos muitos aspectos negativos nos seres humanos, não posso negar que este é um dom divino que recebemos e que ao passar do tempo se faz ótimo uso. Ufa, ainda bem.

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